segunda-feira, 30 de junho de 2014

Mauro Filho e Tasso Jereissati se enfrentarão pelo Senado nas eleições de 2014

Candidatos de Pros e PSDB só foram definidos no final da tarde desta segunda-feira
O deputado estadual Mauro Filho (Pros) e o ex-governador Tasso Jereissati (PSDB) serão os principais candidatos na disputa pela única vaga ao Senado em 2014. Ambas as candidaturas foram definidas no final da tarde desta segunda-feira, 30, no último dia do prazo eleitoral para definições partidárias. 


Mauro era um dos cinco pré-candidatos do Pros ao Governo do Estado. Após a escolha do petista Camilo Santana para disputar o Executivo, Mauro passou a ser cogitado para disputar o Senado. O Pros ainda não definiu o candidato a vice-governador e as suplências na chapa. 

A chapa oposicionista formada por PMDB, PSDB e PR também só foi oficializada hoje. Eunício Oliveira (PMDB) disputará o Governo com Roberto Pessoa (PR) como vice-governador e Tasso Jereissati disputando o Senado. A primeira e a segunda suplência do Senado foram definidas com Chiquinho Feitosa (DEM) e Fernando Façanha (PSDB).


Em seu discurso, Tasso relacionou a campanha de 2014 à disputa política de 1986, quando disputou o Governo do Estado com o discurso ser o homem das mudanças contra os “coronéis da política”.


O Senado será disputado ainda por Geovanna Cartaxo (PSB), em chapa com Eliane Novais para o governo e Nicolle Barbosa para vice. O Psol, primeiro partido a definir chapa, terá o sindicalista Ailton Lopes como candidato a governador em 2014. Como vice-governador, disputará Jean Carlos, do PCB, e para o Senado o sindicalista Valdir Pereira, do PSTU.




Fonte:Redação O POVO Online

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Eleições: Roberto Pessoa ressalta apoio de Tasso e Lúcio e reafirma desafeto com Ciro

O pré-candidato ao governo foi entrevistado no programa Debates O POVO da Rádio O POVO/CBN

O ex-prefeito de Maracanaú e pré-candidato pelo PR ao Governo do Estado, Roberto Pessoa, fez questão de se destacar como o candidato apoiado pelo ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) – de quem já foi opositor – e pelo ex-governador Lúcio Alcântara (PR) para eleições de 2014. Em entrevista à Rádio O POVO/CBN, nesta segunda-feira, 16, Pessoa reforçou o desafeto político com Ciro Gomes e disse que o governo do PT – do qual já foi aliado histórico – é “um dos mais corruptos da história do Brasil”.


O pré-candidato foi questionado sobre a mudança de postura na relação com Tasso Jereissati. Para Pessoa, o fato de ambos terem perdido eleição para o grupo do governador Cid Gomes (Pros) os colocou do mesmo lado opositor. “Se tem uma pessoa coerente na politica sou eu, modéstia a parte, eu obedeço ao povo. A democracia diz o seguinte: que ganha, governa, perdeu o governo, vira oposição”, ressaltou. Em 2006, Lúcio Alcântara, presidente do PR, perdeu a reeleição para Cid. Já o PSDB foi derrotado com Marcos Cals na disputa pelo governo em 2010. 



Inimigo de Tasso

Roberto Pessoa
“Reconheço que não fui só adversário, fui inimigo”, disse Roberto Pessoa em relação a Tasso. Mesmo assim, se disse premiado com o convite feito pelo tucano para ser candidato ao Governo em chapa com o PSDB. “Eu sou hoje o único pré-candidato a governador que tem apoio de dois grandes homens públicos”, frisou. 


Ex-aliado histórico do PT, Roberto Pessoal se esquivou de comentar sobre ter oferecido palanque para o tucano Aécio Neves no Ceará. Ele afirmou que ainda não há definições sobre a candidatura e pontuou ter sido procurado tanto pelo PSDB como pelo PMDB, do senador Eunício Oliveira, partido que faz parte da base aliada de Dilma Rousseff. A convenção do PR está prevista para o dia 30 de junho.



Sobre os desentendimentos com o PT, Pessoa disse que o partido “começou a roubar demais”. “O governo é um dos mais corruptos da história do País”, frisou. Ele disse ainda não ter “nenhuma simpatia por Dilma porque ela enganou o Ceará no último pleito”. Segundo ele, Dilma teria prometido pedir votos para Lúcio Alcântara, mas não cumpriu a promessa. 

Ciro Gomes

Desafeto público do secretário da Saúde Ciro Gomes, Roberto Pessoa disse que não retirava os adjetivos de “desocupado”, “vagabundo”, “mentiroso” e “pescoção” que proferiu contra Ciro em 2012. “Não fui processado, mantenho todos, colocarias mais alguns”, disse o ex-prefeito, chamando o ex-ministro de “ladrão” e “corrupto”.

Roberto Pessoa diz que Cúpula do PV do Ceará "foi comprada"; PV rebate
Questionado se poderia provar o que dizia, Pessoa disse estar reproduzindo reportagem feita pela revista Veja sobre desvio de verbas. Ele pontuou ainda que, em Maracanaú, Ciro o chamou de “chefe de quadrilha”. “Isso aí foi uma resposta que eu dei a ele”, disse Pessoa.


Homicídios em Maracanaú

No início da entrevista, Pessoa destacou como um dos pontos fortes de sua carreira política a redução da queda da taxa de homicídios durante sua gestão na Prefeitura de Maracanaú. No entanto, o jornalista Rui Lima destacou pesquisa baseada em dados do sistema de informações sobre mortalidade do Ministério da Saúde que mostrava que, em 2004, o índice de óbitos em Maracanaú era de 49 – um ano antes de Pessoa assumir a Prefeitura. No entanto o número quase triplicou até 2012 – no fim da gestão, passando para 126 óbitos. 



Roberto Pessoa, que havia afirmado ter reduzido pela metade os índices de homicídios, tentou justificar os números, dizendo que boa parte dos casos acontecia em regiões limítrofes como Maranguape e Fortaleza, mas eram registradas como se fossem em Maracanaú. Mesmo assim, o ex-prefeito voltou atrás e disse que a redução nos índices aconteceu somente até o terceiro ano dos seus oito à frente da Prefeitura. 

Redação O POVO Online

terça-feira, 3 de junho de 2014

Dois profissionais cubanos deixam o Mais Médicos, diz organização

Médicos alegaram que cláusulas de contrato assinado não eram cumpridas. Ministério da Saúde afirma que vai investigar casos de abandono.





A Associação Médica Brasileira divulgou nesta terça-feira (3) que dois médicos cubanos     abandonaram o programa Mais Médicos, do governo federal, por trabalharem “em condições análogas à escravidão”.






Em entrevista realizada em São Paulo, os médicos Okanis Borrego e Raul Vargas explicaram que atuavam em unidades de saúde de Senador José Porfírio, no interior do Pará. Segundo eles, itens que constavam no contrato assinado por ambos em Cuba não foram cumpridos depois que chegaram ao Brasil.
Os médicos alegaram que teriam um profissional designado pelo Ministério da Saúde para atuar como tutor e ajudá-los com informações e esclarecimento de dúvidas. No entanto, de acordo com os profissionais, foi designada uma pessoa que não era médica e ficava no Rio Grande do Sul – as conversas ocorriam via internet.
Além disso, eles se queixaram sobre a remuneração recebida. De acordo com os profissionais cubanos, cada um recebia cerca de US$ 1.000 por mês (R$ 2.270). No entanto, outros profissionais, brasileiros e de outras nacionalidades, recebem R$ 10,4 mil mensais e, por isso, os dois alegaram discriminação.
"Para qualquer outro estrangeiro, trabalhar aqui não resulta em qualquer tipo de problema, pode se mover para onde quiser, não está preso em nenhum lugar, como nós estamos, pode convidar sua família, inclusive, para vir visitá-los. Nós, médicos cubanos, não podemos fazer isso porque o salário não dá para trazer nossa família", afirma Vargas.
Pedido de Ajuda
"Não nos deixam sair. Para poder sair, precisamos informar ao nosso coordenador e ele vê se autoriza ou não. Penso que todos devemos ser iguais, regidos pela mesma lei brasileira", complementa.
Os dois, nascidos e formados em Cuba, formalizaram a sua saída do Mais Médicos e disseram que pretendem ficar no Brasil. A Associação Médica Brasileira informou que vai ajudá-los.
A organização criou em fevereiro de 2014 o “Programa de Apoio ao Médico Estrangeiro”, com o objetivo de atender profissionais de outras nacionalidades inseridos na rede pública de saúde que necessitem de ajuda caso estejam insatisfeitos com as condições oferecidas pelo governo federal. Além disso, a entidade dá auxílio para solicitações de refúgio ou asilo político.
"A mais nova deserção mostra, mais uma vez, as fragilidades que existem no programa Mais Médicos, mal desenhado e mal concebido, que falta transparência, e mostra a exposição a que está sendo submetido o nosso país. Vamos esperar que esses descasos não mais ocorram, e que o programa tenha um novo rumo e preze por melhorias na qualidade, sem pensar só em quantidade", disse Florentino Cardoso, presidente da AMB.
Polêmica
A contratação de cubanos pelo programa se tornou objeto de polêmica porque eles começaram a atuar no programa ganhando menos que outros profissionais.


Por médico, o governo brasileiro transfere à Organização Panamericana de Saúde (Opas), com a qual firmou um convênio para receber os médicos cubanos, a quantia de R$ 10,4 mil. A Opas transfere o dinheiro ao governo de Cuba, que paga aos médicos US$ 1.245 (cerca de R$ 3 mil).
Segundo o Ministério da Saúde, além da bolsa mensal, os profissionais cubanos recebem ajuda de custo e auxílio moradia e alimentação. "É importante salientar que os médicos cubanos continuam sendo funcionários do Ministério da Saúde de Cuba mesmo durante a participação no Mais Médicos, por isso mantêm em seu país de origem o salário e os direitos sociais e previdenciários", afirmou a pasta, em nota.
Segundo informações repassadas pela embaixada de Cuba no Brasil à OPAS, o pagamento de março a esses profissionais foi realizado normalmente.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, dos 11,1 mil médicos cubanos em atividade, 7 foram desligados devido a ausência injustificada ao trabalho, 5 estão em processo de desligamento e 2 estão sendo notificados nesta terça-feira, totalizando 14 casos.
A pasta acrescentou que, assim como todos os participantes do Programa Mais Médicos, os médicos cubanos também estão sujeitos às leis do Brasil. "Eles são livres para viver sua vida privada, inclusive no que diz respeito a relacionamentos pessoais com cidadãos brasileiros. Os profissionais não sofrem qualquer tipo de coerção por parte do governo brasileiro", afirmou o ministério, em nota.
Fonte: G1