domingo, 28 de setembro de 2014

Cearense Melissa Gurgel é eleita a Miss Brasil 2014


Miss Brasil vai representar o país no Miss Universo nos Estados Unidos.Candidatas se prepararam durante três meses para concurso no Ceará.

Cearense disputou o título com outras 26 garotas e vai representar o Brasil no Miss Universo, nos EUA (Foto: Lucas Ismael/Band/Divulgação)
Miss Ceará (Foto: Lucas Ismael/Band/Divulgação)
Miss Ceará (Foto: Lucas Ismael/Band/Divulgação)
A  cearense Melissa Gurgel, 20 anos, foi eleita neste domingo (28) a Miss Brasil 2014. Ela disputou com outras 26 garotas a coroa de mulher mais bonita do país, em concurso realizado no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. Ela recebeu a faixa de Miss Brasil e um carro no valor de R$ 40 mil, como premiação do 60º concurso Miss Brasil. Para Melissa, a torcida que lotou o Centro de Eventos foi importante na sua vitória. "Estou muito feliz com o resultado. A torcida cearense foi fantástica e me deu muita garra. Cada passo que eu dei foi graças a Deus", disse ao G1, ao receber a faixa de miss.
Questionada sobre o que é necessário para ser a Miss Brasil, a cearense destacou a determinação. “O que me levou à vitória foi algo que eu aprendi desde o início da vida: que a gente só perde pra nós mesmos. A partir do momento que você decide uma coisa com determinação, o que você decide fazer você pode ir muito além do que imagina.”
Em segundo lugar ficou Fernanda Leme, de São Paulo, e em terceiro, a potiguar Deise Benício, de 23 anos. As duas ganharam uma viagem para o México. (Veja galeria de fotos do evento.)
A nova miss brasileira recebeu a coroa e faixa de Jakelyne Oliveira, de Mato Grosso, vencedora do título em 2013. Ela vai disputar agora o Miss Universo, que será realizado neste ano, nos Estados Unidos.
Durante duas horas de evento, as candidatas desfilaram com trajes típicos de cada estado, vestidos de gala e biquíni. A cada etapa, parte das concorrentes era eliminada. A vencedora foi anunciada quando restavam três misses estaduais.O coordenador técnico do concurso, Evandro Hazzy, se diz confiante na vitória de uma brasileira no Miss Universo. “Este é o melhor ano da história no que se refere ao nível das candidatas. Tenho oito meninas que estão no mesmo nível de critérios técnicos”, afirmou ele, que vem preparou as jovens para a competição durante três meses.

Miss Espírito Santo venceu prêmio de melhor figurino (Foto: Lucas Ismael/Band/Divulgação)
Miss Espírito Santo venceu prêmio de melhor
figurino, inspirado em Nossa Senhora
(Foto: Lucas Ismael/Band/Divulgação)

No primeiro bloco do concurso, a miss Espírito Santo, Amanda Recla, de 20 anos, venceu o prêmio de melhor figurino entre os trajes típicos. Um dia antes do evento, ela desfilou em traje inspirado na Nossa Senhora.
No segundo bloco, as candidatas elegeram a “Miss Simpatia”, e a miss Rondônia, Sinaira Machado, de 24 anos, recebeu o maior número de votos. Doze garotas foram eliminadas da competição neste bloco.

No terceiro bloco do concurso, as candidatas fizeram o tradicional desfile de biquíni e mais cinco candidatas foram eliminadas, restando 10 misses. No quarto bloco, elas desfilaram de maiô e outras cinco jovens deixaram a disputa.
Os jurados também fizeram perguntas às garotas. Entre as questões, a misses foram questionadas sobre que medida adotaria caso fosse presidente, qual o livro preferido e quais projetos elaboraria para pessoas sem acesso à educação.
Reação da cearense ao ser anunciada Miss Brasil (Foto: Lucas Ismael/Band/Divulgação)Reação da cearense ao ser anunciada Miss Brasil (Foto: Lucas Ismael/Band/Divulgação)Fonte: G1 notícias

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Acusado de planejar estupro coletivo na PB é condenado a 106 anos

Eduardo dos Santos Pereira foi considerado culpado por abusar de cinco mulheres, matar duas delas e cometer outros cinco crimes

estupro (© Tribunal de Justiça da Paraíba)
Tribunal de Justiça da Paraíba

Após 17 horas de julgamento, Eduardo dos Santos Pereira foi condenado a 106 anos e quatro meses de prisão por ser o mentor do crime que ganhou repercussão nacional, a "Barbárie de Queimadas", ocorrido em 2012, no Agreste da Paraíba.
O juiz Antônio Maroja Limeira Filho leu a sentença às 9h, no Fórum Criminal de João Pessoa. Eduardo foi considerado culpado pelos cinco estupros, por dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma. Além desses crimes, o réu foi condenado por lesão corporal e teve a pena acrescentada em um ano e quatro meses.

No caso, cinco mulheres foram estupradas durante uma festa de aniversário e duas delas foram assassinadas porque teriam reconhecido os agressores. Elas foram oferecidas como presente por Eduardo Santos ao seu irmão, Luciano Pereira, que já foi condenado.

Eduardo foi o último envolvido a ser julgado. Mais seis homens já foram condenados e cumprem pena em regime fechado. Três adolescentes foram sentenciados e cumprem medidas socioeducativas.

Julgamento. Duas das vítimas de estupro, o marido de uma das vítimas, e adolescentes que foram sentenciados foram ouvidos como testemunhas de acusação. A imprensa não foi autorizada a acompanhar os relatos das vítimas, nem dos adolescentes, pois o clima na cidade é hostil em relação às famílias das vítimas.

A defesa de Eduardo apresentou como testemunha um dos homens já condenados por participação no estupro coletivo, que tentou assumir toda a culpa pela elaboração e execução das mulheres. Também alegou não ter provas técnicas para condenação.

O promotor Francisco Sarmento disse que a arma usada para assassinar duas das cinco vítimas do estupro coletivo era de Eduardo dos Santos e pediu a condenação máxima.

A coordenadora geral de Acesso à Justiça da Coordenadoria de Políticas Públicas para a Mulher da Presidência da República, Aline Yamamoto, comemorou o resultado. "Este julgamento é emblemático e serve como exemplo contra impunidade no Brasil", disse.

A secretária da Mulher do Estado disse que todo o julgamento foi tenso, mas que o resultado significa um exemplo no enfrentamento à violência sexual.

O crime. No dia 12 de fevereiro, cinco mulheres foram estupradas e duas delas - a professora Isabela Pajuçara e a recepcionista Michelle Domingos - foram assassinadas na cidade de Queimadas, no Agreste da Paraíba. Elas estavam em uma festa de aniversário em uma casa com dez homens.

Conforme as investigações, os estupros foram planejados pelos irmãos Luciano e Eduardo dos Santos Pereira, que teriam chamado amigos para abusar sexualmente das mulheres convidadas para a festa de aniversário de Luciano.

Seis homens - Luciano dos Santos Pereira, Fernando de França Silva Júnior, Jacó Sousa, Luan Barbosa Cassimiro, José Jardel Sousa Araújo e Diego Rêgo Domingues - foram condenados pelos crimes de cárcere privado, formação de quadrilha e estupro e cumprem penas entre 26 a 44 anos de prisão em regime fechado no Presídio de Segurança Máxima PB1, em João Pessoa.

Três adolescentes também foram julgados e sentenciados a cumprir medidas socioeducativas no Lar do Garoto.

Fonte; O Estadão

domingo, 21 de setembro de 2014

Número de idosos no Brasil vai quadruplicar até 2060, diz IBGE

Idosos / Agência Brasil
Maior expectativa de vida explica aumento da população acima de 65 anos no Brasil, diz IBGE

Amparado pela maior expectativa de vida, o número de brasileiros acima de 65 anos deve praticamente quadruplicar até 2060, confirmando a tendência de envelhecimento acelerado da população já apontada por demógrafos.


A estimativa faz parte de uma série de projeções populacionais baseada no Censo de 2010 divulgadas nesta quinta-feira pelo IBGE.
Segundo o órgão, a população com essa faixa etária deve passar de 14,9 milhões (7,4% do total), em 2013, para 58,4 milhões (26,7% do total), em 2060.
No período, a expectativa média de vida do brasileiro deve aumentar dos atuais 75 anos para 81 anos.
De acordo com o IBGE, as mulheres continuarão vivendo mais do que os homens. Em 2060, a expectativa de vida delas será de 84,4 anos, contra 78,03 dos homens.
Hoje, elas vivem, em média, até os 78,5 anos, enquanto eles, até os 71,5 anos.

Bônus demográfico

Com a mudança da estrutura etária brasileira, resultado da redução do número de jovens e do aumento da população idosa, o Brasil deve passar por profundas transformações socioeconômicas.
A principal delas diz respeito ao que especialistas chamam de "bônus demográfico" ou "janela de oportunidades".
O conceito engloba as oportunidades que surgem para o país quando o número de pessoas consideradas economicamente produtivas (as que o IBGE considera em idade de trabalhar, entre 15 a 64 anos) é maior do que a parcela da população dependente (ou seja, menores e idosos que não trabalham).
Calcula-se que em 2013 cada grupo de cem indivíduos em idade ativa sustenta 46 indivíduos.
Segundo as estimativas do IBGE, até 2022 esse número irá caindo – indicando um grande número de pessoas economicamente ativas. Nesse ano, porém, ocorrerá uma inversão, chegando em 2033 ao mesmo nível de 2013.
Já em 2060, a proporção deverá ser de 65,9, ou seja, cada grupo de cem indivíduos em idade ativa sustentará 65,9 indivíduos.

Fecundidade

Ainda segundo o IBGE, ao passo que aumentará a expectativa de vida, cairá o número de filhos por mulher.
O coeficiente, representado pela taxa de fecundidade total, é, atualmente, de 1,77 filhos em média por mulher. Em 2030, a previsão é de que o índice caia para 1,5.
Segundo os especialistas, a taxa já está abaixo da considerada necessária para a reposição natural da população, de 2,1 filhos por mulher.
O levantamento destaca que a queda do número de filhos será registrada, inclusive, em Estados que hoje apresentam taxas superiores à média nacional, como o Acre (2,6 filhos por mulher) ou o Amazonas (2,4 filhos por mulher).
Neles, o coeficiente passará respectivamente, para 1,8 filho por mulher e 1,4 filho por mulher em 2030.
De acordo com o IBGE, o menor número de filhos, tendência registrada desde a década de 70, é explicado pelo adiamento da maternidade.
Em 2013, as brasileiras tinham o primeiro filho aos 26,9 anos, em média. Em 2030, ele virá quase três anos depois, aos 29,3 anos.

Crescimento da população

A queda no número médio de filhos por mulher terá um impacto negativo sobre o crescimento da população brasileira, indicam as projeções.
Segundo os cálculos do IBGE, o número de brasileiros vai crescer até 2042, a partir de quando o número de óbitos superará o de nascimentos.
Em 2060, as estimativas apontam que o país terá o mesmo número de habitantes do que 2025 (218,2 milhões).
De acordo com o órgão, a população do Brasil já ultrapassou, em 2013, pela primeira vez, a marca de 200 milhões de pessoas, chegando a 201 milhões até o fim do ano.
Fonte: BBC Brasil

Afinal, foi a Copa que derrubou a economia?

Nos últimos quatro anos, o governo se esforçou em convencer os brasileiros que a Copa do Mundo ajudaria a impulsionar a economia, criando empregos, multiplicando os investimentos e atraindo um grande contingente de turistas para o país.

Moeda (Foto Thinkstock)
Investimentos, produção a indústria e gastos do governo caíram

"O Mundial é uma oportunidade histórica para promovermos desenvolvimento socioeconômico no âmbito local e nacional", disse, por exemplo, Joel Benin, assessor para Grandes Eventos do Ministério dos Esportes, no início do ano. "Ele gerará 3,6 milhões de empregos, movimentará bilhões e deixará um legado importante na área econômica."

A divulgação dos resultados para o PIB confirmou que, como os analistas esperavam, o Brasil entrou em "recessão técnica" no primeiro semestre de 2014 - situação caracterizada por dois trimestres seguidos de crescimento negativo.Passado o evento, porém, consultorias econômicas, como a Tendências e a Capital Economics, fizeram seus cálculos e concluíram que o seu efeito geral sobre o PIB foi nulo ou insignificante. Mas poucas esperavam um impacto negativo.

Segundo dados do IBGE, o PIB do último trimestre recuou -0,6% na comparação com o trimestre anterior e -0,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

Também houve uma revisão para baixo do resultado do primeiro trimestre, de um crescimento de 0,2% para uma queda de 0,2%.

Entre os fatores que puxaram o PIB para baixo estão a queda de 5,4% nos investimentos neste trimestre e a redução de 1,5% na produção da indústria. Também houve uma queda de 0,5% nos serviços e 0,7% nos gastos do governo.

Nesta sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a culpar a Copa do Mundo – e redução de dias úteis por causa do torneio – pelo baixo desempenho da economia. Mantega também citou o cenário internacional adverso e a seca como motivos para a redução do PIB no 2º trimestre.

Ele, entretanto, negou que o Brasil tenha entrada em recessão.

"Não dá para dizer [que o país esteja em recessão] (...) Não se deve falar em recessão no Brasil pois, para mim, recessão é quando se tem uma parada prolongada, de vários meses. Aqui estamos falando de um, no máximo dois [trimestres]. E recessão é quando se tem desemprego. O emprego continua crescendo e a massa salarial também. Não dá para dizer que a economia está parada. O mercado consumidor não está encolhendo", afirmou Mantega.

Mantega também atribuiu a desaceleração da atividade econômica ao aumento dos juros pelo Banco Central.

Mas a Copa foi a culpada pela queda do PIB no período? Se há consenso de que temos um problema no que diz respeito ao crescimento, o diagnóstico de suas causas está longe de ser uma unanimidade.

Além do Mundial, o governo também culpa o cenário externo desfavorável pela recessão.

Para analistas consultados pela BBC Brasil, as causas do desaquecimento são internas e a Copa até pode ter contribuído um pouco para a queda do PIB no primeiro trimestre ao paralisar alguns setores do comércio e serviços e ajudar a frear a indústria, mas definitivamente não está entre as principais causas da recessão.

'Cereja'

"O Mundial foi apenas a cereja do bolo", diz Alessandra Ribeiro, da Consultoria Tendências.

"A indústria, por exemplo, já vinha reduzindo suas atividades em função de uma série de fatores ligados a más políticas, queda no consumo, expectativas negativas e problemas de competitividade. Quando começaram os jogos seu ritmo caiu de vez, mas o cenário não seria muito mais favorável sem o Mundial."

O economista Cláudio Considera, responsável pelo Monitor do PIB do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV) e Neil Shearing, da consultoria Capital Economics concordam.

"O impacto da Copa na economia como um todo – seja ele positivo ou negativo – deve ter sido pequeno.", diz Shearing. "É preciso lembrar que o torneio só ocorreu no final do segundo trimestre – e em abril e maio a performance da economia também foi fraca."

Para os analistas, há pelo menos três razões por trás do desaquecimento.
A principal delas seria o cenário de incertezas das eleições, que teria inibido ainda mais os investimentos em um momento em que eles já estavam fracos.

"O Brasil não está crescendo porque não está investindo", diz Considera.

"E nesse segundo trimestre houve uma queda ainda maior no nível dos investimentos em função das incertezas provocadas pelas eleições: os empresários tendem a não se arriscar e estão esperando para ver quais rumos a política econômica deve tomar."
Ribeiro, da Tendências, concorda.

"Há um descontentamento entre investidores e empresários sobre a política econômica do atual governo, uma percepção de que ela está desequilibrada", diz ela.
Entre os alvos das reclamações nessa área estariam o uso de artifícios como a represa de preços administrados para controlar a inflação, a suposta falta de controle sobre os gastos do Estado, e o que é visto pelos empresários como um excesso de intervencionismo estatal na economia.

"Na dúvida, os empresários estão esperando para investir. Querem ver que governo sairá das urnas antes de tomar qualquer decisão", opina Ribeiro.

Indústria

Uma segundo causa do desaquecimento seriam problemas experimentados pela indústria, que teriam derrubado sua competitividade.
A economista da Tendências cita, por exemplo, o fato de o custo médio dos salários ter aumentado 12,7% desde 2011, enquanto a produtividade do trabalho na indústria cresceu pouco mais de 2,6%.

"Com o tempo isso ajudou a minar sua capacidade de competir com importados e no exterior. Além disso, a indústria automobilística em especial está sendo prejudicada pela queda das exportações para a Argentina", diz.

Shearing menciona como um terceiro fator para o desaquecimento a queda geral dos níveis de consumo, que sustentaram o crescimento nos últimos anos.

"Esse é um dado recente: o consumo começou a cair, talvez em resposta ao aumento dos juros, após um período de boom no crédito e aumento no endividamento das famílias", afirma.

FONTE:Da BBC Brasil em São Paulo
                  por Ruth Costas