terça-feira, 1 de abril de 2014

Grandes Mentiras da História da Música

No dia 1º de abril, muitas pessoas pregam peças nos amigos e contam mentiras. No mundo da música, entretanto, a ausência da verdade é recorrente e vários nomes de sucesso já foram classificados como grandes mentirosos, assim como seus fãs, radialistas e praticamente todos os envolvidos no show business.
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Milli Vanilli ficou famoso no final dos anos 80, alcançando altas posições nas paradas de sucesso norte americanas e até mesmo faturando um Grammy. Em um show, a dupla ficou repetindo a mesma frase várias vezes, o que despertou certa suspeita entre os espectadores. Algum tempo depois, a dupla assumiu que as vozes gravadas não eram deles e eles se apresentavam com playback.
O rapper Lil Wayne sempre se gabou no meio da música por ter tomado um tiro e sobrevivido, inclusive falando disso na letra da música “3 Peat”. Esse dado não é falso, no entanto, o músico sempre se esqueceu de dizer que, na verdade, foi ele quem  disparou em si mesmo quando tinha apenas 12 anos de idade.
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Algumas vezes, os fãs do Daft Punk criaram boatos sobre shows da dupla que nunca chegaram a acontecer de verdade. Além de um website falso do festival Glastonbury e vendas de ingressos para um show de mentira em Xangai, a dupla foi dada como certa numa apresentação com o Phoenix aqui no Brasil, mas isso não se concretizou.

Em 1993, a banda americana The Dwarves inventou num release para a imprensa que o guitarrista conhecido como HeCanNotBeNamed havia sido esfaqueado até a morte. A história foi desmentida tempos depois, mas a gravadora Sub Pop não achou graça e demitiu o grupo.
Paul
Muitos beatlemaníacos reproduziram informações sobre um acidente de carro que teria vitimado fatalmente ninguém menos que Sir Paul McCartney em 1967. Com evidências encontradas nas capas do disco, letras de música e outras fontes, a lenda se fortaleceu ao longo dos anos e há quem defenda que o Paul que conhecemos hoje é, na verdade, um sósia do lendário baixista.

Na realidade foi tudo criação de um estudante da universidade de Iowa nos EUA em 1969, num artigo para o jornal do campus. A história se espalhou após ser divulgado pouco tempo depois por um radialista de Detroit.
Os Beatles, aliás, têm outra história mentirosa. Muitos anos após sua separação, um fã fez uma montagem – muito bem produzida, por sinal – misturando linhas de instrumentos e voz de várias fases da banda e das carreiras solo dos integrantes e publicou na internet com um relato enorme afirmando que havia encontrado material inédito do quarteto de Liverpool, e que o disco se chamava “Everyday Chemistry”. Verdade ou não, o resultado é interessante para quem é fã dos Fab Four.
Os mitos sobre os rapazes de Liverpool não param por aí. Pelo menos três bandas já foram acusadas de serem os Beatles operando sob um pseudônimo. Em 1965, o grupo The Knickerbockers lançou a música “Lies”. A voz, praticamente igual à de John Lennon e o ritmo contagiante pareciam vir diretamente dos estúdios de Abbey Road, mas na realidade a banda vinha de New Jersey.
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Dois anos depois, os Bee Gees conseguiam seu primeiro sucesso nos EUA com “New York Mining Disaster, 1941”. A gravadora distribuiu a radialistas cópias promocionais do single com o rótulo em branco, dizendo apenas que era uma música nova de “um grupo britânico que começa com B”. A tática funcionou, as rádios pensaram se tratar dos Beatles e o disco entrou na programação.

Em 1973 saía o álbum “1976 Est” da banda canadense Klaatu. O som, assim como nos exemplos anteriores era baseado no da banda de Liverpool e como não havia fotos ou informação sobre os integrantes, adivinhem o que aconteceu?
Enfim, lendas sobre os Beatles abundam e poderiam encher as páginas de um livro. Então voltemos aos outros artistas.
Já no Brasil, em 2012 a imprensa começou a comemorar o aniversário do ícone da MPB Jorge Ben Jor, que estaria fazendo 70 anos. Segundo todas as fontes até então, o cantor e compositor teria nascido em 1942, mas por algum motivo, às vésperas da data começaram a surgir informações, confirmadas por sua assessoria, de que ele havia nascido em 1945. 10 anos antes no entanto, Ben Jor não corrigira ninguém que comemorou seus 60 anos. Quem mentiu? Você decide.
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Uma das maiores bandas da história do rock, o Led Zeppelin chegou a ter o brilhantismo de sua carreira levemente ofuscado pelos inúmeros plágios e versões creditadas como músicas próprias.

O grupo de Jimmy Page, Robert Plant, John Paul Jones e John Bonham apresentou canções dos outros como se fossem deles mesmos, como “Whole Lotta Love”, “When The Levee Breaks” e “Dazed And Confused”, além de riffs e trechos de “Rock ‘n’ Roll”, “Stairway to Heaven” e “Moby Dick”, sem dar os devidos créditos aos verdadeiros compositores.
Já o rei do rock, Elvis Presley, consta como compositor de algumas músicas, como a famosíssima “Love Me Tender”. Anos depois, em entrevista  o cantor desmentiu as informações e assumiu nunca ter composto uma canção sequer.
Elvis

Outra lenda relacionada ao astro é a infame “Elvis não morreu”. De acordo com os crédulos, o rei do rock é “visto” constantemente em supermercados, estacionamentos, atrás de janelas e inclusive chega a dar telefonemas em que desabafa sobre a “farsa” e a vida que leva atualmente se escondendo por aí. É claro que é tudo uma grande mentira.
Ou será que não?
André Cáceres e Pedro Carvalho
FONTE: Rádio UOL

Um terço dos jovens nunca usa camisinha, aponta pesquisa da Unifesp

Pesquisa indica que 32% das brasileiras de até 20 anos engravidaram; comportamento de risco delas preocupa especialistas da Unifesp

Fabiana Cambricoli - O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - Um terço dos jovens de 14 a 25 anos nunca usa camisinha em suas relações sexuais e 32% das mulheres até 20 anos já engravidaram pelo menos uma vez - e 12% delas passaram por um aborto (espontâneo ou provocado). Os dados fazem parte do 2.º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e divulgado nesta quarta-feira, 26.

Tulio Rodrigues. 'Na hora não tinha e eu preferi não usar' - Evelson de Freitas/Estadão
Evelson de Freitas/Estadão
Tulio Rodrigues.'Na hora não tinha e eu preferi não usar'
Com 1.742 entrevistados dessa faixa etária, a pesquisa investigou o comportamento dos jovens brasileiros com relação ao uso de álcool e drogas, vida sexual e cuidados com a saúde. O estudante de Jornalismo Túlio Rodrigues, de 19 anos, faz parte dessa estatística. Em suas últimas relações sexuais, não usou o preservativo. "Na hora não tinha e eu preferi não adiar, mas estava sempre com meninas conhecidas", justifica.

Ele revelou que seu maior medo é de gravidez. "Como eram meninas que eu conhecia, nem pensei em doenças. A gente acaba confiando. Tenho cinco amigos que engravidaram meninas e um deles acabou pedindo para a menina fazer um aborto. Nessa época, fiquei com mais medo e comecei a usar camisinha, mas agora dei uma relaxada", comenta ele.

Para os pesquisadores, as mulheres são as mais afetadas pelo comportamento sexual de risco. Por desconhecimento ou pressão do parceiro, o índice de jovens do sexo feminino que não usam preservativo é superior ao de homens - 38% delas, ante 29% deles.

São elas também as que correm os maiores riscos no caso de uma gravidez precoce ou de um aborto. "A gente sabe que o índice de aborto natural nessa idade é baixo. Então, no mínimo, 8% dessas meninas estão praticando aborto e a gente sabe que, em muitas vezes, vai ser feito numa clínica clandestina, o que vai expor essas jovens a riscos que podem até levá-las à morte", afirma Clarice Sandi Madruga, uma das pesquisadoras responsáveis pelo estudo.

Sedentarismo. Outro dado que surpreendeu os especialistas foi o alto índice de jovens brasileiros sedentários. A pesquisa mostra que 79% dos entrevistados não praticam atividade física frequentemente e 57% não fazem nem sequer exercícios leves, como jogar futebol ou andar de bicicleta eventualmente.
"Esses índices eu pensei que ia encontrar na idade madura e não entre jovens. A facilidade de acesso ao videogame, ao smartphone, é algo que contribui para esse dado, mas também a falta de espaços públicos para a prática do esporte", afirma Ilana Pinsky, professora do Departamento de Psiquiatria da Unifesp e uma das realizadoras do estudo.

Mais uma vez, os números entre a população feminina foram piores. O índice de jovens mulheres que não fazem exercícios físicos regularmente chega a 86%, quase 15 pontos porcentuais a mais do que o índice do público masculino (71,7%).

"Não tenho dinheiro para pagar uma academia. Para caminhar ou correr na rua, tenho medo de ir sozinha", afirma a estudante de Artes Cênicas Beatriz Avellar, de 18 anos, que não pratica exercícios físicos regularmente.


Depressão e suicídio. Os pesquisadores também encontraram índices altos de sintomas depressivos entre os jovens entrevistados. Um quinto deles (21%) tem indicadores de depressão - o número chega a 28% entre as entrevistadas do sexo feminino. Quase 10% dos jovens dizem que já pensaram em se suicidar e 5% chegaram a tentar tirar a própria vida.


Para os pesquisadores, o sedentarismo é um dos fatores de risco para o desenvolvimento da depressão. A doença, por sua vez, é fator de risco para o maior consumo de álcool e drogas (mais informações nesta página). / COLABOROU MARINA AZAREDO

Fonte: O Estadão