No acórdão do mensalão, previsto para ser publicado nesta semana, os quatro deputados federais condenados no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) são citados como participantes de um esquema de articulações políticas, troca de favores e recebimento de propinas. Desde que as penas foram definidas, porém, três deles assumiram postura discreta e agem na penumbra da Câmara, fugindo diariamente dos holofotes — e da atividade parlamentar. Os gastos com os gabinetes, porém, continuam na ativa. Considerando salários regulares, vencimentos extras e uso da cota, o quarteto condenado no STF custou cerca de R$ 1 milhão aos cofres da Casa desde a condenação.
A maioria das penas dos réus foi definida pela Corte na última semana de novembro do ano passado. Daquela data em diante, a atuação de João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP) — que já evitavam aparecer — foi reduzida sensivelmente. No período, eles não apresentaram projetos, não relataram propostas de colegas, não fizeram discursos ou comentários em plenário nem tiveram participação ativa nas comissões.
Fonte: Correio Braziliense